terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O que é um Grupo de Oração?


O GRUPO DE ORAÇÃO

1. Introdução
O Grupo de Oração é a célula fundamental da Renovação Carismática Católica e caracteriza-se por três momentos distintos: núcleo de serviço, reunião de oração e grupo de perseverança. Pessoas engajadas na RCC, líderes e servos - através de encontros, orações e formação - buscam "fazer acontecer um processo poderoso de renovação espiritual, que transforma a vida pessoal do cristão e todos os seus relacionamentos com Deus, com a família, com a Igreja e a comunidade". 


Grupo de Oração é uma comunidade carismática presente numa diocese, paróquia, capela, colégio, universidade, presídio, empresa, fazenda, condomínio, residência, etc, que cultiva a oração, a partilha e todos os outros aspectos da vivência do Evangelho, a partir da experiência do batismo no Espírito Santo que tem na reunião de oração sua expressão principal de evangelização querigmática e que, conforme sua especificidade e mantendo sua identidade, se insere no conjunto da pastoral diocesana ou paroquial, em espírito de comunhão, participação, obediência e serviço. "O objetivo do grupo de oração é levar os participantes a experimentar o pentecostes pessoal, acrescer e chegar à maturidade da vida cristã plena do Espírito, segundo os desejos de Jesus: Eu vim para que as ovelhas tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10,1 Ob)". Aqui, o Grupo de Oração será estudado em seus três momentos distintos: núcleo de serviço, reunião de oração e grupo de perseverança, com base em Atos 2, 1-47.

É necessário discorrer, de forma prática, sobre cada momento do Grupo de Oração e sobre como levar os seus participantes à vivência do batismo no Espírito Santo, para
uma vida de santidade e serviço. Mas, antes, é preciso descrever a missão do coordenador do Grupo de Oração. "Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para os homens, certos de que recebereis, como recompensa, a herança das mãos do Senhor. Servi a Cristo, Senhor" (Col 3, 23-24).
 
2. Ministérios no Grupo de Oração

O termo "ministério" é amplamente usado na Renovação Carismática para designar de uma maneira geral os diversos serviços do Grupo de Oração. São estes os mais comuns: ministério de cura, ministério de música, ministério de intercessão, ministério de pregação, entre outros.
Um ministério é um serviço específico dentro do Grupo de Oração. É um trabalho para servir à comunidade cristã, uma maneira de exercitar o apostolado. Cada batizado é chamado a crescer, amadurecer continuamente, dar cada vez mais fruto na descoberta cada vez maior de sua vocação, para vivê-la no cumprimento da própria missão.
"Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor" (1 Cor 12, 5). Fazendo esta afirmação, São Paulo coloca todos os ministérios - serviços - em submissão a Jesus Cristo e dentro de um contexto de comunhão eclesial (cf. também Ef 4,11-16). 


As equipes ou ministérios devem ser formados na medida da necessidade e da realidade de cada Grupo de Oração. Seus membro devem ser escolhidos em oração e de acordo com os vários dons que surgem. Para cada necessidade há pessoas ungidas pelo Espírito para seu atendimento:
"Temos dons diferentes, conforme a graça que nos foi conferida. Aquele que tem o dom de profecia, exerça-o conforme a fé. Aquele que é chamado ao ministério, dedique-se ao ministério. Se tem o dom de ensinar, ensine; o dom de exortar, que exorte; aquele que distribui as esmolas, faça-o com simplicidade; aquele que preside, presida com zelo; aquele que exerce a misericórdia, que o faça com afabilidade" (Rm 12, 6-8).
"A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito; a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas (1 Cor 12,7-10).
As pessoas que formarão as diversas equipes, para os diversos serviços do Grupo de Oração, devem ser recrutadas dentre aqueles que já se identificam com a espiritualidade da RCC e que possuam alguma experiência dos carismas e sejam disponíveis.
Deus chama cada um dos seus fiéis a exercer um serviço específico dentro da sua Igreja, com a finalidade de cada vez mais edificar o Corpo de Cristo. Cada batizado deve desempenhar a missão que Deus lhe deu e para qual o capacitou com o objetivo de que todos cheguem à unidade da fé e à plenitude do conhecimento de Cristo e assim sejam novas criaturas. Quando a missão é desempenhada, vivida com grande amor, a caridade é evidenciada (cf. 1 Cor 13, 4-8a).

3. Cada ministério é sustentado por um carisma específico

Os ministros exercem seu serviço participando do ministério de Jesus. Portanto, ministério é um serviço prestado à comunidade com a capacitação dos carismas. "Ministério é, antes de tudo, um carisma, ou seja, um dom do alto, do Pai, pelo Filho, no Espírito, que torna seu portador apto a desempenhar determinadas atividades, serviços e ministérios em ordem à salvação".
Todos os cristãos têm os carismas do Espírito Santo na medida da necessidade da comunidade, mas exercem um ministério específico que depende mais de um carisma do que de outro. Por exemplo, o ministro de cura necessita muito mais do carisma de cura; o coordenador de grupo de oração necessita da palavra de sabedoria e do discernimento e assim por diante. No entanto, apesar de serem estes os carismas mais específicos destes ministérios, nenhum carisma existe ou pode ser exercido isoladamente. Seja qual for o ministério ao qual o Senhor nos chama, necessitamos sempre do auxílio de todos os carismas para exercê-lo com o poder de Deus.
Ao instituir seus ministros, Deus os capacita para exercerem sua missão, que sempre terá como objetivo a glorificação de Deus e a conversão dos seus filhos. Por isso, Ele dota seus ministros dos dons, dos talentos e das aptidões que eles vão precisar para exercer os ministérios, de tal forma que possam contar sempre com a sua graça, a fim de não cair na tentação da auto-suficiência e de um exercício simplesmente humano de serviço à Igreja. Mas, só pode ser considerado ministério o carisma que, na comunidade e em vista da missão na Igreja e no mundo, assume a forma de serviço bem determinado".

5. A autoridade do ministro é exercida na autoridade de Jesus

A autoridade do ministro vem da autoridade de Jesus Cristo. É um dom do Espírito Santo; e isto é que faz a diferença entre a sua e as outras autoridades. Não é uma simples delegação de poder, mas o ministro participa da missão de Jesus. Ele exerce o seu ministério como o próprio Jesus exerceria (cf. Jo 15, 16).
Portanto, o ministro ao exercer seu serviço hoje, conta com o mesmo poder de Jesus Cristo (cf. Jo 14,12). O poder é de Jesus; então, nada de orgulho, nada de se achar o melhor, o mais santo. O ministro deve saber separar as coisas e reconhecer que toda a obra boa que realiza vem de Jesus e por mais que realize grandes e muitas coisas, é sempre servo inútil (cf. Lc 17,10). Um servo olha não para as obras de suas mãos, mas para o Autor que é Deus. Nunca deve atribuir a si os méritos das obras que realiza, mas unicamente a Ele.

6. O Espírito Santo é a fonte dos ministérios

É importante a consciência de que todos os serviços prestados ao Reino de Deus, em nome de Jesus Cristo, são, em última análise, de origem divina, acontecem sob a ação do Espírito Santo. É Ele quem dá a força para testemunhar Jesus Cristo "até os confins da terra" (cf. At 1,8). Os ministros devem realizar suas tarefas sob o influxo do Espírito Santo. É Ele que os cumula de carismas; sem Ele a missão será de baixa eficiência, fraco desempenho, ausência de criatividade, de zelo e de perseverança.
O Espírito Santo comunica ao ministro sua força e o capacita para a ação de servir à comunidade. Foi o que aconteceu com os apóstolos e os discípulos de Jesus em Pentecostes (cf. At 2, 1-13); com os diáconos, após a oração feita sobre eles (cf. At 6, 1-7); e com Paulo, após a imposição das mãos de Ananias (cf. At 9,10-30). Com a ação do Espírito Santo, todos se tornaram intrépidos ministros do Senhor. O desinteressado e oblativo exercício dos ministérios, torna-os fontes de santificação para quem os exerce. 



Fonte:Efatá

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