quarta-feira, 9 de março de 2011

Formação - Grupo De Oração Jesus Sol de Justiça - Parte 1

Caros irmãos em Cristo, é com muito carinho que vamos dar início ao módulo formação do blog do Grupo de Oração Jesus Sol de Justiça.
Nesta primeira Etapa vamos conhecer um pouco do Movimento em que participamos, ou seja, Renovação Carismática Católica (RCC). Vamos fazer um passeio básico por ele, onde nasceu, como, e os principais trabalhos realizados hoje. Observaremos um pouco da sua estrutura.
Boa viagem!



A BEATA ELENA GUERRA

Elena Guerra nasceu em Lucca (Itália), no dia 23 de Junho de 1835. Viveu e cresceu em um clima familiar profundamente religioso. Durante uma longa enfermidade, se dedica à meditação da Palavra de Deus e ao estudo dos Padres da Igreja, o que determina seu orientamento da vida interior e de seu apostolado; primeiro na Associação das Amigas Espirituais, idealizada por ela mesma para promover entre as jovens a amizade em seu sentido cristão, e depois nas Filhas de Maria.
Em 1896/1897, mais ou menos,Irmã Elena Guerra fundadora da congregação Oblatas do Espírito Santo (Itália), começou a se sentir incomodada com a pouca atenção que a Igreja dava a pessoa do Espírito Santo. Procurou seu diretor espiritual e disse-lhe sobre o desejo de escrever ao Papa Leão XIII para falar sobre isso. Encorajada por ele, ela escreveu 12 cartas ao Papa. Que guiado pelo Espírito Santo se sentiu muito incomodado por perceber que era verdade, e disse que faria de tudo que pudesse para que o Espírito Santo fosse glorificado. Decidiu então fazer com que o Espírito Santo fosse mais conhecido e amado. Em 1897escreveu uma encíclica sobre a pessoa do Espírito Santo. O Papa Leão XIII então, consagrou o século XX ao Espírito Santo, e escreveu ainda, uma ladainha sobre a terceira pessoa da Santíssima Trindade.
Passado algum tempo, o Papa João XXIII, em 25/12/1961 convocava solenemente um concílio Ecumênico. Ele dizia que o Concílio deveria ser uma abertura de janelas para que a Igreja se renovasse. Ele ainda manifestou a vontade de que o concílio fosse guiado pelo Espírito Santo. E ao convocar o Concílio, reza pedindo um novo pentecostes para toda a Igreja que passava por um grande esfriamento. Esse foi qualificado como o Concílio do Espírito Santo, que foi um verdadeiro pentecostes como João XXIII havia desejado e ardentemente pedido. Ele não encerrou o Concílio, depois de 4 etapas, O Papa Paulo VI o encerrou no dia 08 de dezembro de 1965.
Uma oração do papa João XXIII, proferida no início do Concílio Vaticano II, costuma vir à mente de muitos daqueles que têm refletido a explosão da RCC, ocorrida em 1967. Vêem-na como uma providencial resposta ao pedido de um novo Pentecostes, feito pelo Supremo Pontífice nesta oração: "Renova os teus milagres neste nossos dias, como em um novos Pentecostes. Permita que tua Igreja, unida em pensamento e firme em oração com Maria, a Mãe de Jesus, possa prosseguir na construção do Reino do nosso Divino Salvador, reino de verdade e de justiça, reino do amor e da paz. Amém".
Depois de quatro etapas conciliares, o Papa Paulo VI encerrou o Concílio Ecumênico Vaticano II em uma cerimônia ao ar livre, na Praça de São Pedro, no dia 8 de dezembro de 1965.
Tendo também sido qualificado como o Concílio do Espírito Santo, "O Vaticano II foi um verdadeiro Pentecostes como o mesmo João XXIII havia desejado e ardentemente pedido”(9) e, embora a dimensão carismática jamais deixasse de existir na realidade e na consciência eclesial, sobretudo na Lumen Gentium, em seu primeiro capítulo, o Vaticano II nos torna manifesto esta realidade não como algo secundário, mas como fundamental. Segundo este documento a Igreja é intrinsecamente carismática.
O Concílio Vaticano II não vê nenhum motivo para que se estabeleça uma oposição entre "carisma" e "ministério" ou "carisma" e "instituição"; tal como as instituições e os ministérios, os carismas são realidades igualmente essenciais para a Igreja. O Concílio consegue, assim, superar as antigas impostações dicotômicas que predominaram no campo teológico por vários anos e recupera o equilíbrio salutar da eclesiologia: o Espírito guia a Igreja e a "unifica na comunhão e no ministério; dota-a e dirige-a mediante os diversos dons hierárquicos e carismáticos" (LG 4)(10).

2 - O nascimento da Renovação Carismática Católica.

A Renovação Carismática Católica, ou o Pentecostalismo Católico, como foi inicialmente conhecida, teve origem com um retiro espiritual realizado nos dias 17-19 de fevereiro de 1967, na Universidade de Duquesne (Pittsburgh, Pensylvania, EUA).(13)
Em uma carta enviada dois meses após (29 de abril de 1967), a um professor, Monsenhor Iacovantuno, Patti Gallagher, uma das estudantes que participou do retiro, assim relatou o que aconteceu naqueles dias:
Tivemos um Fim de Semana de Estudos nos dias 17-19 de fevereiro. Preparamo-nos para este encontro, lemos os Atos dos Apóstolos e um livrinho intitulado "A Cruz e o Punhal" de autoria de David Wilkerson. Eu fiquei particularmente impressionada pelo conhecimento do poder do Espírito Santo e, pelo vigor e a coragem com que os apóstolos foram capazes de espalhar a Boa Nova, após o Pentecostes. Eu supunha, naturalmente, que o Fim de Semana me seria proveitoso, mas devo admitir que nunca poderia supor que viria a transformar a minha vida!
Durante os nossos grupos de discussão, um dos líderes colocou em tela o fato de que nós devemos confirmar constantemente os nossos votos de Batismo e de Crisma, assim como devemos ter a alma mais aberta para o Espírito de Deus. Pareceu-me curioso, mas um pouco difícil de acreditar quando me foi dito que os dons carismáticos concedidos aos apóstolos são ainda dados às pessoas nos dias atuais – que ainda existem sinais do poder divino e milagres – e que Deus prometeu emanar o seu Espírito para que se fizesse presença a todos os seus filhos. Decidimos, então, efetuar a renovação dos votos de Batismo e de Crisma como parte do serviço da missa de encerramento, no domingo à noite. Mas, no entanto, o Senhor tinha em mente outras coisas para nós!...
No sábado à noite, tínhamos programado uma festinha de aniversário para alguns dos colegas, mas as coisas foram simplesmente acontecendo sem alternativa. Fomos sendo conduzidos para a capela, um de cada vez, e recebendo a graça que é denominada de Batismo no Espírito Santo, no Novo Testamento. Isto aconteceu de maneiras diversas para cada uma das pessoas. Eu fui atingida por uma forte certeza de que Deus é real e que nos ama. Orações que eu nunca tinha tido coragem de proferir em voz alta, saltavam dos meus lábios. (...) Este não era, pois um simples bom fim de semana, mas, na realidade, uma experiência transformadora de vida que ainda está prosseguindo e se desenvolvendo em crescimento e expansão.
Os dons do Espírito já são hoje manifestados – e isto eu posso testemunhar, porque tenho ouvido pessoas orando em línguas, outras praticam curas, discernimento de espíritos, falam com sabedoria e fé extraordinárias, profetizam e interpretam.

Eu, agora, tenho certeza de que não há nada que tenhamos de suportar sozinhos, nenhuma oração que não seja atendida, nenhuma necessidade que Deus não possa cobrir em sua riqueza! E, no depender dele e louvá-lo com fidelidade, eu sinto uma tremenda sensação de liberdade. Continuaremos...Esperem......Até a próxima.

Robson Moreira
Coordenador da RCC - Região Pastoral III da Diocese de São José dos Campos

Fonte: site RCC Brasil, Canção Nova.

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